Alternativas de Investimento melhores que a Poupança


Se você está dando os primeiros passos no universo dos investimentos e está familiarizado apenas com a poupança, é crucial entender que existem oportunidades de baixo risco que são não apenas seguras, mas também mais rentáveis. Embora a poupança seja amplamente popular, atualmente, investir nela é praticamente o equivalente a manter seu dinheiro inativo na conta-corrente. Vamos demonstrar que essa afirmação não é um exagero.

Para que você amplie sua visão além da poupança, considerada apenas por sua notoriedade e suposta segurança, apresentaremos opções igualmente seguras que têm o potencial de valorizar seu dinheiro de maneira mais eficaz.

Como funciona a Poupança?

Primeiramente, é importante compreender como funciona a rentabilidade da poupança. Esta modalidade de investimento está diretamente atrelada à taxa básica de juros da economia, a Selic, e à Taxa Referencial (TR), que é praticamente nula. Para depósitos realizados a partir de 4 de maio de 2012, conhecidos como "poupança nova", aplicam-se duas regras distintas de remuneração.

Quando a taxa básica de juros (Selic) está abaixo de 8,5% ao ano, a poupança rende 70% da Selic + TR. Para uma taxa de juros mais elevada, acima de 8,5% ao ano, a remuneração é de 0,5% ao mês + TR, seguindo a mesma lógica da "poupança antiga" até 3 de maio de 2012.

Investir em uma aplicação que acompanha ou fica aquém da inflação não é uma estratégia vantajosa. Por isso, afirmamos que investir na poupança é quase como manter o dinheiro na conta-corrente. O verdadeiro rendimento ocorre somente quando a taxa de juros supera a taxa de inflação.

Além disso, a liquidez da poupança é mensal, o que significa que você pode retirar seu dinheiro, mas não terá rentabilidade se o mês não virar ou se não respeitar o aniversário da aplicação. Embora a poupança tenha a vantagem de não cobrar taxas de administração ou tributação extra, seu rendimento é limitado.

Alternativas com Risco Igual ou Menor e Maior Rentabilidade:

Para superar a poupança, é fundamental entender seu perfil de investidor. Se você é considerado conservador por investir apenas na poupança, os títulos de Renda Fixa são opções que desmitificam a ideia de que a poupança é a escolha mais segura e rentável para os conservadores.

Tesouro IPCA+:

O Tesouro Direto, plataforma de negociação de títulos de dívida pública do governo federal, tem se destacado como uma opção mais rentável que a poupança nos últimos anos. Certos títulos públicos disponíveis rendem aproximadamente 10% ao ano, o dobro do rendimento da poupança e superior à inflação.

O Tesouro IPCA+, um dos títulos mais atrativos, oferece rendimento superior à poupança devido à taxa prefixada e à variação do IPCA, a inflação oficial do Brasil. Além disso, a segurança dos títulos públicos é incontestável, considerando que o emissor é o governo, visto como um bom pagador pelo mercado financeiro.

CDBs:

Os Certificados de Depósito Bancário (CDBs), emitidos por bancos, representam uma alternativa à poupança. Com liquidez diária na maioria dos casos, os CDBs remuneram proporcionalmente, independente do tempo de investimento. Escolher um CDB que renda mais de 90% do CDI, indicador de rentabilidade, supera a poupança, mesmo considerando o Imposto de Renda.

Em bancos médios, é possível encontrar CDBs com rentabilidades superiores a 100% do CDI. A garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) para aplicações de até 250 mil reais por CPF e instituição financeira proporciona segurança semelhante à poupança.

Fundos de Renda Fixa:

Fundos de renda fixa são outra alternativa à poupança, oferecendo diversificação e gestão profissional. Com a possibilidade de ultrapassar 100% do CDI, esses fundos aceitam aportes mínimos acessíveis, tornando-os vantajosos para investidores iniciantes.

No entanto, é crucial avaliar a taxa de administração, que não deve ultrapassar 1% ao ano, para garantir que não comprometa excessivamente a rentabilidade. Além disso, os custos incluem Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para aplicações de curto prazo e Imposto de Renda sobre os rendimentos. O risco está associado às aplicações subjacentes do fundo, mas a possibilidade de migrar para outro fundo em caso de insolvência da gestora proporciona uma camada adicional de segurança ao investidor.