Chega ao fim a era das transferências via DOC e TEC
Comprovando que a negligência pode levar ao desuso. As tradicionais formas de transferir dinheiro, Documento de Ordem de Crédito (DOC) e Transferência Especial de Crédito (TEC), estão oficialmente com os dias contados.
Desde o surgimento do PIX no final de 2020, essas modalidades foram gradualmente deixadas de lado pelos brasileiros. O PIX, desenvolvido pelo Banco Central do Brasil, ganhou destaque graças à sua instantaneidade, gratuidade e ausência de limites.
Enquanto o envio de dinheiro por DOC pode demorar até um dia útil, o PIX oferece transferências instantâneas. Além disso, ao contrário de suas contrapartes, o PIX não impõe limites de quantia a ser enviada e não cobra por transação. Tanto o DOC quanto o TEC têm um limite máximo de R$4.999,99, com taxas variando entre R$8 e R$22 por movimentação.
Os números não mentem:
Um levantamento da Febran, a Federação Brasileira de Bancos, no início deste ano, revela que, das 37 bilhões de operações financeiras em 2023 no Brasil, apenas 18,3 milhões foram feitas via DOC, representando aproximadamente 0,05% do total. Em contraste, foram registrados 125 milhões de cheques, 448 milhões de TECs, 2,09 bilhões de boletos, 8,4 bilhões de pagamentos no cartão de crédito e 17,6 bilhões de PIXs.
A data do adeus:
O fim das modalidades já tinha sido anunciado em meados de 2023, e agora tem uma data oficial. A Febran anunciou que o prazo final para envio de DOCs e TECs é 15/01, às 22h. Os agendamentos vão até 29/02, sendo a última data para as instituições financeiras processarem os pedidos de seus clientes.
Encerrar as operações via DOC após quatro décadas é um passo significativo rumo à digitalização da economia brasileira e à evolução dos métodos de pagamento, priorizando cada vez mais a praticidade e a conectividade.
Redes Sociais