Conheça as 3 empresas que mais pagaram dividendos nos últimos 10 anos

Conheça as 3 empresas que mais pagaram dividendos nos últimos 10 anos

Neste vídeo, você vai conhecer as 3 empresas que mais pagaram dividendos nos últimos 10 anos. Essas empresas são verdadeiros gigantes no mercado, recompensando seus acionistas de forma contínua e consistente.

Você sabe quais são as 3 empresas que pagaram os maiores dividendos nos últimos 10 anos?

Os dividendos representam uma fração dos lucros líquidos das empresas, retornando diretamente ao acionista. 

Viver de dividendos é um dos principais objetivos da maioria dos investidores. Essa estratégia é bastante poderosa, pois potencializa o efeito dos juros compostos ao longo do tempo, aumentando o seu patrimônio cada vez mais.

E o mais importante: o pagamento de dividendos é independente da volatilidade do preço das ações. Como parte dos lucros distribuídos, os dividendos não são afetados pelas oscilações do mercado.

Mesmo em tempos de queda no valor do seu patrimônio, os dividendos continuam a ser uma fonte constante de renda, sem sofrer reduções na mesma proporção.

Uma das melhores estratégias para selecionar ações pagadoras de dividendos é analisar o histórico de resultados das empresas. Aquelas com um pagamento estável e crescente ao longo dos anos são as mais promissoras para compor sua carteira.

Por isso, neste vídeo você vai descobrir quais foram as 3 empresas que mais geraram dividendos entre 2013 e 2023.

Cemig (CMIG4)

3º - Cemig (CMIG4) 9,6% 

Em terceiro lugar, destacando-se com um impressionante dividend yield médio de 9,6% ao ano, está a Companhia Energética de Minas Gerais - Cemig - CMIG4

O Payout  da Cemig manteve uma média de 55%. Basicamente, isso quer dizer que a empresa distribui 55% dos seus lucros aos acionistas. Isso é um sinal de que ela se preocupa em recompensar quem investe nela. 

Nos últimos anos, o dividend yield e o payout da empresa foram os seguintes:

Ano  | Dividend yield | Payout 

  • | 2023 | 6,01% | 24,05% |
  • | 2022 | 13,75% | 49,68% |
  • | 2021 | 8,97% | 28,16% |
  • | 2020 | 4,29% | 51,75% |
  • | 2019 | 5,26% | 24,44% |
  • | 2018 | 4,65% | 12,35% |
  • | 2017 | 3,55% | 50%    |

➥ História da Cemig

Fundado em 1952, o Grupo Cemig hoje conta com dezenas de empresas e participações em 24 estados brasileiros e no Distrito Federal.

A Cemig,  Companhia Energética de Minas Gerais, é uma companhia de capital aberto com mais de 425 mil acionistas em 39 países. 

Na década de 1990 a empresa começou a negociar suas ações na bolsa brasileira. Depois, começou a negociar na bolsa de Nova Iorque (NYSE) e na bolsa de Madri.

Atua nas áreas de geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica e ainda na distribuição de gás natural.

A Cemig foi criada pelo então governador de Minas Gerais, Juscelino Kubitschek, como uma resposta à crescente demanda por energia elétrica no estado. Na época, Minas Gerais enfrentava uma escassez de energia, o que limitava o desenvolvimento industrial e econômico da região. Kubitschek, visionário como era, percebeu a necessidade de criar uma empresa estatal que pudesse atender à demanda crescente e, ao mesmo tempo, promover o desenvolvimento sustentável.

➥ Diferenciais da Empresa

  • - São 60 Hidrelétricas, 07 eólicas e 01 Fotovoltaica.
  • - Opera uma rede de transmissão de mais 5.000 km. 
  • - É um dos maiores distribuidores de energia elétrica do Brasil em extensão de rede, atendendo aproximadamente 96% do Estado de Minas Gerais. 
  • - É dona da Gasmig, distribuidora exclusiva de gás natural canalizado em todo o território de Minas Gerais.

➥ Composição do Capital Social 

  • - O Estado de Minas Gerais detém a maior participação da Cemig, com 17,04%. Depois vêm a Fia Dinâmica Energia, com 16% e o BNDES Participações com 3,73%. 
  • - Free float: - ações em circulação livre no mercado – é de 81,90%. 
  • - Governança corporativa: na classificação de governança da B3, a Cemig possui classificação “Nível 1”, que é uma das mais elevadas entre as empresas listadas na Bolsa brasileira.

A empresa tem um total de 425.812 acionistas (referência: julho de 2024).

Taesa (TAEE11)

2º | Taesa (TAEE11) 10,9%

Em segundo lugar, destaca-se a Taesa - Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A. - que apresenta um dividend yield médio de 10,9% ao ano.

Quanto ao Payout, a Taesa demonstra seu compromisso com os acionistas, distribuindo em média 75% dos lucros, um claro sinal de valorização e recompensa para quem confia na empresa.

A Taesa também é reconhecida por uma sólida e consistente política de distribuição de dividendos constantes.  Nos últimos anos, o dividend yield e o payout da empresa foram os seguintes:

Ano  | Dividend yield | Payout

  • | 2023 | 7,59% | 87,21%  |
  • | 2022 | 14,00%  | 60,18%  |
  • | 2021 | 12,38% | 80,85%  |
  • | 2020 | 9,63%  | 68,39%  |
  • | 2019 | 6,06%  | 65,47%  |
  • | 2018 | 11,81% | 80,09%  |
  • | 2017 | 8,27%  | 116,50% |

➥ História da Taesa 

Fundada no ano 2000, a Taesa, Transmissora Aliança de Energia Elétrica SA hoje conta com 43 concessões de transmissão de energia, mais de 14 mil Km de extensão, e 109 subestações em operação, a Taesa é vista como um dos maiores grupos privados do setor de energia atuando no Brasil.

A empresa se dedica exclusivamente à construção, operação e manutenção de redes de transmissão elétrica.

Além disso, a empresa está presente em todas as 5 regiões do Brasil, atuando em 18 estados e no Distrito Federal.

➥ Diferenciais da Empresa

  • - 43 concessões;
  • - Total de 14.014 km de linhas de transmissão e 101 subestações;
  • - Presença em 18 Estados e Distrito Federal;
  • - Prazo médio das concessões: 15,2 anos;

Dessa forma, a Taesa é beneficiada pelas receitas previsíveis, em função das características dos seus contratos de transmissão, que são corrigidos pela inflação e contam com prazos maiores.

➥ Composição do Capital Social 

  • - O capital da empresa está dividido entre a Cemig (21,68%), a ISA Brasil (14,88%) e demais acionista/s individuais e institucionais (63,45%).
  • - Free float: ações em circulação livre no mercado – é de 63,45% para as units. 
  • - Governança corporativa: na classificação de governança da B3, a Taesa ocupa o segmento de listagem Nível 2.

A empresa tem um total de 392.926 acionistas (referência: julho de 2024).

Comgás (CGAS5)

1º | Comgas (CGAS5) 11%

Em primeiro lugar, com um dividend yield médio de 11% ao ano está a Comgás - CGAS5

A Comgás (CGAS5) é uma daquelas empresas que sempre vale a pena prestar atenção. 

Com um Dividend Yield médio de 11% nos últimos 10 anos e um Payout médio de 82%, ela se destaca no setor de gás natural no Brasil. 

Nos últimos anos, Comgás não apenas manteve, mas aumentou consistentemente seus dividendos. Isso reflete a saúde financeira da empresa e sua capacidade de gerar lucros robustos para os acionistas.

Nos últimos anos, o dividend yield e o payout da empresa foram os seguintes:

Ano  | Dividend yield | Payout

  • | 2023 | 3,32%  | 30,50%  |
  • | 2022 | 14,40% | 103,31% |
  • | 2021 | 12,20%  | 77,78%  |
  • | 2020 | 7,99%  | 98,61%  |
  • | 2019 | 29,12% | 146,82% |
  • | 2018 | 16,95%  | 56,42%  |
  • | 2017 | 39,85%  | 174,88% |

➥ História da Comgás (CGAS5)

A Companhia de Gás de São Paulo (Comgás) foi fundada em 1872, inicialmente focada na distribuição de gás para iluminação pública e domiciliar na cidade de São Paulo. Nessa época, o gás era produzido a partir da queima de carvão, um processo que envolvia complexidade tecnológica e custos relativamente altos. Mesmo assim, a empresa conseguiu estabelecer uma base sólida de clientes, principalmente na capital paulista.

A partir da década de 1970, a Comgás iniciou um processo de modernização e expansão de suas operações. Com a descoberta de reservas de gás natural na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, o Brasil passou a ter uma nova fonte de energia mais eficiente e econômica. A Comgás, percebendo o potencial do gás natural, investiu em infraestrutura para a distribuição desse recurso, o que possibilitou uma expansão significativa de sua rede de clientes.

Um dos marcos mais importantes na história da Comgás foi a sua privatização em 1999. Até então, a empresa era controlada pelo governo do Estado de São Paulo. A privatização trouxe novos investimentos e uma gestão mais dinâmica, o que possibilitou um novo ciclo de crescimento para a companhia.

A empresa atua majoritariamente em São Paulo, um dos maiores mercados consumidores do Brasil. Com sua infraestrutura bem desenvolvida e contratos de longo prazo com grandes indústrias e residências, Comgás garante uma receita estável e previsível. Isso é crucial para manter um bom fluxo de dividendos.

➥ Diferenciais da Empresa

  • - maior distribuidora de gás natural encanado da América Latina. 
  • - Possui uma rede de mais de 21 mil quilômetros, levando gás natural para mais de 2,5 milhões de consumidores nos segmentos residencial, comercial e industrial.
  • - Sua área de concessão abriga cerca de 27% do Produto Interno Bruto do País, abrangendo 177 cidades das regiões metropolitanas de São Paulo e Campinas, além da Baixada Santista e do Vale do Paraíba.
  • - A Comgás trabalha com gás natural, produto ambientalmente mais amigável em comparação com outros combustíveis fósseis.
  • - Concessão de 30 anos a partir de Maio de 1999 para a exploração do serviço público. Prazo que em 2021 foi estendido por mais 20 anos, prolongando a concessão até 2049.

➥ Composição do Capital Social 

O acionista controlador, Compass Gás e Energia, possui 99,14% do capital social da empresa, enquanto apenas 0,86% das ações estão disponíveis para o público investidor no mercado (free-float).

  • - Os 0,86% do capital acionário que está na mão do publico investidor, alguns dos principais acionistas da Comgás são: Rubens Ometto Silveira Mello, com 17,43%; Fundação Bradesco, com 6,15%; BRADESCO VIDA PREVIDENCIA S A, com 4,28%; Aguassanta Participações S.A., com 3,97%
  • - Free float: ações em circulação livre no mercado – é de 0,86% -  como já dissemos. 
  • - Governança corporativa: sem segmento especial de governança corporativa na classificação de governança da B3.

A empresa tem um total de 163.435 acionistas (referência: julho de 2024).

CONCLUSÃO

O indicador Dividend Yield pode ser utilizado com um filtro inicial, mas é imprescindível avaliar e estudar se o pagamentos de dividendos foi feita em virtude de uma boa geração de caixa e aumentos dos lucros operacionais  ao longo do tempo e não de algo pontual e não recorrente.

Importante perceber também que as maiores pagadoras de dividendos costumam ser empresas do setor de utilidade pública (saneamento, energia elétrica…), que possuem contratos de concessões de longo prazo reajustados por índices inflacionários, que traz previsibilidade de receitas ao longo do tempo.